Desde que te vi, percebi que já era especial...
Meu Deus. Está vendo como eu sou. Eles mal se olharam... Mais olha, eu já senti alguma coisa especial, só pela forma como ele olhou para a minha Nessa.
Eles ficaram se observando por um par de segundos ate que Vanessa quebrou os olhares.
-Em que posso ajudá-lo?
-Ah sim. Bom, antes de mais nada quero me apresentar. -Se curvou e pegou a delicada mão de Vanessa e deu um pequeno beijo. Sem tirar os olhos dela por um segundo se quer. –Chace Crawford.
-Vanessa Hudgens! Bom, vamos!?
-Vamos!
Os dois entraram no corredor e seguiram ate a sala.
(Narração - Nessa)
Meu Deus. Que rapaz mais educado... E lindo também. Chace... Acho que já ouvi este nome em algum lugar... E que perfume. De uma educação sublime e de um ótimo vocabulário. E pelas vestes, deve ser de família nobre.
-Bom senhor Crawford...
-Chace! Chame-me de Chace!
-Ok. Chace... O que te trás até aqui?
-Bom, como expliquei a moça da recepção, não costumo muito deixar as coisas para à última hora. Mas desta vez, me descuidei mesmo e, amanhã tenho um casamento cujo sou padrinho. E preciso de um traje até amanhã.
-Amanhã? Bom, amanhã e sábado e costumamos abrir só depois das dez da manhã. Mas, acho que posso abrir uma exceção. Você já tem algum modelo em mente? –Disse pegando o mostruário.
-Confio em você.
-Como?
-Me parece que tens um bom gosto. Confio nos teus dons.
-Mas...
-Confio em você. Pode escolher.
-Serio?
-Sim!
-Bom, já que insiste. Temos de preços variados...
-Dinheiro não e problema.
-Me desculpe à indiscrição, mas no que trabalhas?
-Sou bancário.
-Bancário?! –Disse com um tom de espanto.-Sim! Por que te surpreende!?
-Não, é que pensei que fosse um empresário...
-Também... E que trabalho em duas áreas... Sou empresário e nas horas vagas bancário.
-Nossa, bem atarefado você em... Bom, vou te pedir para tirar o casaco para que a medida fique certa.
-Claro! –Disse tirando o casaco e colocando-o em uma cadeira próxima.
Assim que ele tirou, deu para perceber permanentemente as suas linhas corporais. Aquilo me fez lembrar de... De nada. Passado é passado.
Quando voltei os meus pensamentos na terra, peguei a fita métrica e comecei pelo peito. Nossa... Grandinho... 115 cm de peito. Não pense que era de gordura não... Músculo! Puro músculo. Depois, continuei a tirar as medidas. E a parte mais "constrangedora" foi quando fui medir o peito. Eu o envolvi para passar a fita e quase me faltou braço. Senti seu calor queimando e nossos corpos se encontraram... Mas tentei me concentrar no que estava fazendo...
Acredite, esse foi à tirada de medidas mais "estranha" durante todo esse mês. Mas, algo dentro de mim esta gostando disso daquilo...
-Bom Chace, já que me deu esta honra de escolher o modelo, amanhã pelas nove, pode vir até aqui que farei os últimos reparos... Está bem?
-Claro! Estarei aqui as nove então!
-Ótimo... –Pegou um papel e anotou alguns números. -Você entrega esse papel para a moca da recepção que ela vai te passar os valores.
-Já disse que dinheiro não é problema...-Quando ele pegou o papel de minha mão, nossas mãos se encontraram e levei um pequeno choque, e por isso levei um susto.
-Tudo bem?
-Claro! -Disse tentando-me recompor.
Querendo ou não, esse rapaz estava mexendo muito comigo, e eu não estava entendendo o porquê.
-Mesmo que dinheiro não seja problema, você tem que pagar, afinal, não faço nada de graça.
-Não estou pedindo esmola...
-Você me entendeu... Ok Chace. A nossa reunião acabou. Aqui, as nove amanhã.
-Sim senhora! -Pegou minha mão novamente e deu um pequeno beijo.
-Até amanhã senhorita Hudgens.
-Até amanhã... –Fiquei meio sem jeito com aquela situação.
(Um mês depois...)
O palito acabou virando em um jantar, que acabou virando em uma viajem e que acabou virando em um começo de namoro. Estamos juntos há uma semana mais ou menos. Não seria bem juntos a palavra certa. Estamos saindo essas noites, sem compromisso, apenas bons amigos. Como dizem atualmente, uma "amizade colorida"... No final das nossas saídas, nós sempre nos beijamos. Mas o nosso primeiro beijo, foi meio que inesperado... Mas aconteceu.
(REMEMBER...)
Chace tinha me convidado para sair depois de vir buscar sua encomenda. Ele me trouxe flores. Iríamos apenas a um cinema perto dali e depois comeríamos alguma coisa, como bons amigos.
-Pare de tratá-lo como amigo Vanessa! –Ashley disse borrifando uma pequena quantia de seu perfume importado. –Vocês estão sendo bem mais do que bons amigos...
-Ash, agente nem saiu ainda... E somos apenas amigos. -Colocava meu par de brincos.
-Sei... –Ouvimos a campainha. -Deve ser ele. –Saiu correndo.
Admito, Ashley estava mais animada para esse programinha do que eu. Quase que a mandei em meu lugar. Mas, para não ficar feio pra mim, resolvi que iria. E também, eu não tinha muita escolha.
Novamente, ele me trouxe flores. Vermelhas. Lindas, mas não tão convincentes de que seria apenas um programa entre amigos. Eu estava começando a ter um pouco de medo do que aquela noite me traria.
Fomos até o shopping, compramos as entradas, dois baldes de pipoca com manteiga, dois refrigerantes e por fim, balas de goma.
Confesso que o filme era uma porcaria, mas acho que ele estava curtindo. Nas cenas mais "engraçadinhas" do filme, ele ria como uma criança. E não vou bancar a durona, também ri em algumas partes do filme. Os protagonistas eram tão idiotas que não tinha como você não rir deles. Mas enfim. Saímos da sala de cinema falando sobre o filme.
-Gostou? –Me ofereceu o braço como um cavalheiro.
-É... Plausível. –Aceitei sua gentileza.
-E onde a senhorita deseja ir?
-Confesso que não estou com muita fome... Mas, como me convidou, tenho o direito de escolher certo?
-Com certeza!
-Bom, sendo assim, irei dirigir.
-Como?
-Sou uma donzela, não uma burra que não sabe dirigir.
-Não disse isso...
-Eu sei. Ande, me de as chaves do carro.
Vi que antes de me entregar as chaves.
-Fique tranqüilo. Não irei nos jogar em uma valeta ou coisa parecida. Sei dirigir... –Peguei o molho em suas mãos e segui em direção ao estacionamento.
Chegamos ao carro.
Não sei por que, mais ele parou o carro fora do estacionamento do shopping.Vai entender... Abri a porta e percebi que ele disse algo como “Deus, nos cuide.” Que exagerado. Como se eu não soubesse dirigir. Olha que conheço mulheres que dirigem muito melhor do que homens. Mais isso não vem ao caso...
-Bom, meu carro é...
-Automático. Já percebi. Relaxe! Seu carro está em boas mãos.
Segui em direção a saída da cidade. Chegamos a um restaurante onde só pessoas da reserva do condado freqüentavam, mas ouvi falar e achei que seria bacana irmos até lá. O nome do lugar era Crubs. E dava para ver que era bem animado. Já gostei. Entramos e tinham várias pessoas dançando na pista ao som de Chris Brown.
-Gosta? –Disse a ele em meio ao som alto.
-Adoro!
-Sabe dançar!?
-Um pouco... E você?
-Não muito... –Que modesta que fui, afinal não entregaria logo de cara que sou formada nisso. Bom, achei melhor deixar pra lá.
-Bom, vamos ficar batendo papo ou vamos agir?
-Borá lá. –O peguei pelo braço e o arrastei para a pista. Dançamos um Jazz moderno. E ele escondendo os passos de começo... Mas logo foi se soltando. Dançamos ao som de Turn Up The Music.